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História da tatuagem: dos primeiros registros até as cruzadas

Você certamente conhece alguém que tem um desenho gravado na pele. E com essa prática ganhando cada vez mais adeptos na atualidade, muitas vezes nos esquecemos do quanto antiga ela é.

Para além dos motivos pelos quais tatuamos em nossa pele, a presença dos desenhos pigmentados no corpo é muito antiga e, no decorrer da história, foi usada por diferentes motivos. Com as mudanças históricas, os estilos de tatuagem também passaram por mudanças, assim como os adeptos a carregar a arte na pele.

No artigo de hoje, vamos dar prosseguimento ao nosso especial sobre a história da tatuagem, falando sobre a prática na Idade Antiga até chegar ao período das cruzadas. Vem viajar pela história com a gente!

Primeiros registros

Para quem acredita que a prática da tatuagem é uma coisa recente, é melhor se preparar para rever seus conceitos. Os primeiros registros da técnica datam de 3370 e 3100 antes de Cristo. Os estudiosos chegaram a essa data após encontrarem nos Alpes um fóssil humano com 61 tatuagens. A descoberta foi encontrada embutida no gelo glacial e batizada de Ötzi, ou a Múmia do Similaun.

As tatuagens foram encontradas em pontos usados na acupuntura. Para os estudiosos, isso aponta para uma possível relação entre a acupuntura e a tatuagem. Isso também mostra que os desenhos pigmentados na pele podiam ter também uma função medicinal.

Provas arqueológicas encontraram também evidências de tatuagem feitas entre os anos de 4000 e 2000 a.C. no Egito. Além disso, múmias tatuadas foram encontradas em cerca de 50 sítios arqueológicos, em locais como Groenlândia, Alasca, Sibéria, Mongólia, China, Egito, Sudão, Filipinas e nos Andes.

Se demorou um tempo para as mulheres atuais se inserirem no mercado da tatuagem, a prática era voltada para o sexo feminino no Antigo Egito, por volta do ano 3100 a.C., com o intuito de marcar as pertencentes ao harém do rei. Além disso, as marcas na pele também eram feitas para fins ritualísticos. As grávidas, por exemplo, podiam tatuar coxas, abdômen e peito, seguindo a crença de que isso ajudaria no sucesso do seu parto.

Gregos e romanos

Atualmente, temos registros escritos da tatuagem em grego a partir do século V a.C. Esses povos, assim como os romanos, utilizavam a tatuagem para penalizar escravos, criminosos e prisioneiros de guerra. Enquanto isso, o Egito e a Síria seguiam realizando tatuagem com intuito religioso, mesmo após serem anexados ao Império Romano.

Com o tempo, porém, algumas mudanças culturais foram acontecendo e os romanos passaram a tatuar também soldados e fabricantes de armas. Inicialmente, essa prática ajudava a marcar exércitos com o intuito de evitar deserções, mas isso foi dando lugar às marcas que sinalizavam a coragem do exército e às vitórias conquistadas na guerra.

Essa mudança no modo de ver a tatuagem aconteceu também após contatos dos romanos com os bretões e celtas, que utilizavam as tatuagens como insígnias de honra marcadas na pele de seus guerreiros.

Período das cruzadas

Durante o período das cruzadas, nos séculos XI e XII, as tatuagens ganharam uma nova função: eram usadas para identificar os soldados de Jerusalém. Assim, todos os corpos de soldados mortos e identificados com uma tatuagem da cruz, receberiam um enterro apropriado para um cristão.

De acordo com o National Geographic, a arte da tatuagem entrou em desuso no Ocidente após o fim das cruzadas. Entretanto, ainda era comum em outras partes do mundo.

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