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História da tatuagem: a trajetória da arte no Oriente

A história da tatuagem é antiga. E nós do Tudo Sobre Tatuagem temos viajado no tempo para redescobrir como a arte na pele chegou à popularidade que adquiriu nos dias atuais. No artigo de hoje, a nossa parada é no Oriente, onde vamos descobrir como as tattoos chegaram a essa região.

Engana-se quem pensa que a tatuagem faz parte apenas da cultura ocidental. A verdade é que ela não apenas se consolidou também no Oriente como a tradição desenvolvida lá tem influenciado artistas em todo o mundo.

Especialistas contam que os orientais fazem pinturas em seus corpos há mais de três mil anos, pelos mais diferentes motivos. Vamos conhecer mais dessa história.

Tatuagem na China

A tatuagem não começou com uma boa reputação na China. Conhecida como Ci Shen ou Wen Shen, que significa “perfurar o corpo”, a arte era tida como uma tradição milenar. Apesar disso, essa tradição tinha uma conotação negativa, sendo tomada como uma subcultura vista como uma forma de profanação do corpo.

Ela chegou ao território chinês como uma maneira de marcar criminosos para o exílio. Porém, dentro deste grupo, a tatuagem passou por uma re-significação, sendo usada para a criação de desenhos próprios e de seus próprios simbolismos.

A arte também era utilizada pelo grupo étnico de Dulong. Eles tatuavam o rosto de suas mulheres, crendo ser esta uma forma de protegê-las de crimes como estupros por invasores. A tradição se consolidou no grupo e permaneceu por anos, mesmo após o fim das ameaças de outros povos estrangeiros.

Esses desenhos na pele possuíam outro significado para os Dai. Eles representavam um rito de passagem para a vida adulta e eram feitos entre os 13 e 14 anos. Os desenhos eram feitos em diferentes partes do corpo para homens e mulheres. Elas recebiam desenhos nas mãos, braços e um ponto entre as sobrancelhas. As tatuagens masculinas eram mais elaboradas e possuíam desenhos como dragões, tigres e outros animais que ressaltassem seus músculos e virilidade.

Diversas fases no Japão

A China não foi a única grande nação a aderir a tatuagem no Oriente. No Japão, a arte também possuiu diversas fases, algumas vezes sendo vista como uma forma de adorno e outras recebendo uma atenção negativa do público.

No país, uma técnica muito utilizada é a Tebori, que significa entalhar. Essa técnica é feita com agulhas bem finas de bambu e necessita de longas sessões para que a inscrição seja feita na pele. As tintas eram importadas da Polinésia, e os desenhos podiam representar dragões, samurais e até mesmo gueixas.

Já no período Kofun, a tatuagem estava ligada à criminalidade e era feita como punição de crimes e para marcar aqueles que seriam exilados. Tudo mudou depois da era Tokugawa, quando as tattoos passaram a ser sinônimos de resistência.

Posteriormente, as tatuagens foram relacionadas à máfia Yakusa e geraram muito preconceito dos japoneses com a arte na pele. Um bom exemplo dessa visão japonesa foi a declaração em 2002 do prefeito de Osaka, Toru Hashimoto, que pediu publicamente que as empresas deixassem de contratar funcionários que tivessem alguma tatuagem no corpo.

Lembrando os Maori

Outra região no Oriente que tem uma ligação muito significativa com a tatuagem são os Maori. Foi nessa tribo da Polinésia que surgiu o nome tatuagem, onde os rabiscos na pele eram chamados de “tattow”. Como o estilo Maori é importante e ainda hoje muito escolhido pelos tatuados, vamos preparar um artigo apenas sobre ele. Aguarde.

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